VS

GD Santacombadense

Lusitano FC

Estádio Dr. Estevão Faria - Santa Comba Dão

Domingo | 02 OUTUBRO 2022 | 15h00

"Humildade e espírito de equipa foram os trunfos na vitória dos Sub13"

O Lusitano, em Sub13, deslocou-se a Repeses para defrontar a equipa local, ajuizada com uma das melhores neste escalão.

O tempo, com chuva e frio à mistura, não augurava grande jogo, mas, enganam-se, porque a emoção acabou por ajudar a aquecer todos quantos assistiram e participaram no jogo, desde o público aos jogadores.

Contra todas as expectativas, o Lusitano acabou a vencer por 2-1 os rivais do Repeses e, diga-se, com inteira justiça. Por tudo aquilo que se passou em campo, venceu quem teve maior discernimento no momento da finalização, maior controlo emocional e, sobretudo, uma humildade extrema e espírito de sacrifício durante todo o jogo, que foi a equipa do Lusitano.

O jogo, na primeira parte, foi muito disputado entre as duas equipas. Desde cedo percebeu-se que o Lusitano foi a Repeses para se bater pelo resultado, contrariando algumas apostas de outras tantas pessoas menos esclarecidas ou mais pessimistas.

O Lusitano, sem surpresa para aquilo que se via em campo naquele momento, cedo chegou ao golo. Num lançamento de linha lateral longo, a bola sobrevoou a área e o Gui aproveitou para, num pontapé meio acrobático, inaugurar o marcador.

Depois, naturalmente, o Repeses procurou ripostar, mas, sem nunca incomodar muito a baliza do Lusitano, pelo menos, em termos de lances claros de perigo. A defesa do Lusitano esteve sempre muito atenta e na baliza um Tomás Miranda ao seu melhor nível. Porém, numa jogada individual e depois de driblar dois jogadores de Vildemoinhos, num remate de fora da área, o Repeses empata a partida. Um belo golo, temos de reconhecer.

Mas, o Lusitano não baixou os braços. Sempre em cima das jogadas do adversário, os atletas do Lusitano posicionaram-se em campo de tal forma que o Repeses continuava sem criar oportunidades de golo.

Depois veio o momento do jogo! Na marcação de uma falta, pouco depois da linha de meio campo, Gui embala e disfere um remate que só parou no fundo das redes do Repeses. Sem dúvida um golo de se lhe tirar o chapéu. Foi fatal este golo, porque ditou o resultado final.

Na segunda metade do jogo, menos bonita em termos de qualidade, o Repeses ia fazendo as despesas do jogo, aliás, a isso estava obrigado. Mas, poucas foram as jogadas bem construídas. O Repeses não encontrava soluções! No campo e fora dele gritava-se por tudo e por nada. A atrapalhação apoderou-se dos próprios atletas, que não conseguiam impor o jogo que tanto caracteriza aquela equipa. Mesmo a acabar e, mais uma vez, numa jogada individual, acertaram em cheio no poste. Foi um momento de alguma sorte para o Lusitano.

O Lusitano, é verdade, dava o litro! O Pedro Violas e o Tomás Correia, comandavam a muralha, cortavam sucessivamente as intenções dos adversários, numa coordenação perfeita e sempre com uma serenidade absoluta: quem mandava ali eram os do Lusitano. Mas, tiveram a ajuda
suplementar e exemplar do Guga, um batalhador, com muitas bolas conquistadas aos adversários e, logo de seguida, a fazer jogar os colegas.

Claro está que num jogo onde a equipa valeu pelo todo, os laterais, ora o Bernardo, o Lucas, o João, mais até este último (pelo tempo que esteve em campo), correram sem parar, cortavam,

controlavam e jogavam. O Gui fez de quase tudo... correu o campo todo, na lateral, no meio campo, na frente, depois defendeu e atacou e, mais importante, foi o matador.

O Lourenço, sempre bem marcado por dois adversários possantes, nunca se intimidou e para além de ir frequentemente à luta, combinou bem com os colegas quando avançavam no sentido da baliza do Repeses. No fim, já numa missão mais defensiva, foi dos primeiros a rebentar. Entrou o Diogo e, também ele, soube lutar pela bola, quer a atacar, quer a defender, irrequieto e concentrado.

Quanto ao árbitro, apenas podemos dizer que esteve à altura do jogo, entre duas grandes equipas, sem qualquer influência no resultado e sempre atento a todos os lances.

No fim, houve quem ficasse preocupado com a formação dos atletas e ai, estamos crentes, falaria no geral, sem distinguir as camisolas! Pois, concordamos, porque nestas idades e independentemente do nível competitivo, a formação deve preocupar-se com as diferentes componentes, entre elas, a desportiva, a física e, mais importante ainda, a disciplina e a moral. Há muitos dirigentes e, sobretudo, treinadores que trocam estas duas últimas por vitórias, mesmo que para isso tenham de espezinhar adversários de palmo e meio, ou, até, espremer a capacidade
atlética e mental dos próprios jogadores. Quando isto acontece, mais do que a deformar, estão a transfigurar as crianças e, isto sim, é preocupante.

E sobre estes incidentes, que repudiamos e condenamos, abstemos-nos de fazer mais comentários ou avaliações, porque a comunidade repesense, no geral, merece o nosso respeito e consideração.

Uma palavra final para os pais e amigos dos atletas do Lusitano, incansáveis no apoio à equipa e cuja presença e vozes foram fundamentais para aquecerem os corações destes miúdos.

Pelo LUSITANO FUTEBOL CLUBE jogaram: MIRANDA; TOMÁS CORREIA; VIOLAS; GUGA; JOÃO BISPO; LOURENÇO e GUI OLIVEIRA.

Jogaram ainda: FRANCISCO CRUZ; LUCAS; DIOGO; BERNARDO. O TOMÁS COELHO esteve no banco, mas, por claras dificuldades físicas, não chegou a entrar.